quinta-feira, 14 de abril de 2011

Rótulos!!! Minha opinião sobre o massacre do Rio de Janeiro.




Antes eu tinha apenas um filho e era rotulado de "filho único" para determinadas atitudes.
Agora tenho quatro filhos e ouço coisas:
- é porque ele é "adotivo"
- é porque ele é o "filho do meio"
- é porque ela é a "mais nova"
- é porque ela é "menina"
- é porque era sozinho antes e agora tem que repartir tudo (risos)

Infelizmente iremos conviver com isso sempre!
Claro que a mídia não tem perdão, essa é cruel mesmo!
Pois no caso do massacre no Rio de Janeiro (um jovem invandiu uma escola e matou mais de 10 crianças), a mídia fez questão de salientar que ele era filho adotivo, e mais ressaltavam que havia sido adotado ainda bebê.
Isso é um rótulo que a mídia se agarrou, inoportunamente, pois vivemos uma luta pela aceitação de nossos filhos e em num virar de páginas de jornal ou manchetes de TV está lá uma notícia que coloca dúvida em muitos, meu filho vai ser assim?
Mas minha opinião é aprendermos a conviver com isso, as crianças nascem com personalidades diferentes, adotivos ou biológicos, porém é a nossa educação, exemplo, amor e dedicação que irá nos garantir de seu futuro!

Todo investimento num filho é válido, pois é retornado.
Se você der amor, alegria, atenção, carinho, receberá de volta!

E sobre o assunto de Realengo, li muitas coisas, e o texto abaixo foi o mais esclarecedor que encontrei, não público fonte pois não sei.


"Não é por falso puritanismo, mas não tinha assistido ao filme “O doce veneno do escorpião”, para quem não sabe é o já “famoso” filme “Bruna Surfistinha”. Logicamente dei um jeito e assisti ao tal filme. Não recomendo. Poupem-se. Não será possível dizer: “a Débora Secco dá um show de atuação”, absolutamente, nada há de novo na miséria humana, no sentido da degradação social, se abrirmos os jornais está tudo lá, álcool, drogas, prostituição, desrespeito e tudo que envolve o submundo. Mas o que tem isso a ver? Nada!. O fato é que o filme trás a mensagem subliminar de que a filha adotada, apesar de todas as condições econômicas, sociais e familiares, não se sentia no contexto daquela família, ela não se sentia parte, por isso procurou e encontrou o seu “caminho”. Alguns dirão: “ora mas é a história dela” “ela foi realmente adotada” e ela “viveu tudo aquilo”. Com certeza ela, a Raquel, já que a Bruna é um cognome,  nem se dá conta de que a mensagem negativa está lá. Com certeza os produtores estão “pouco se lixando” se as famílias formadas a partir da adoção se incomodam com mensagens negativas ligadas à adoção. Não interessa a eles;. Tudo bem; este texto não é para quem não se importa;  mas a nós interessa, e muito. Porque a filiação adotiva é sim especial. E é especial porque se tem como filho alguém que não se liga pelos laços da consanguinidade e nós vivemos em uma sociedade que se importa com a pseudo normose social. O parentesco por adoção se forma sem o envolvimento sexual de quem se torna o pai/mãe e pressupõe uma escolha íntima e não são raras as vezes envolvem perdas, luto e talvez uma consciência de fragilidade. Ora, se é assim, formada a filiação, e estruturada a família, não se espantem os críticos se “descobrirem” que os pais por adoção possuem igualmente um instinto de preservação da prole tão forte quanto os formados a partir da função biológica. A adoção precisa ser explicada aos filhos, é preciso dizer-lhes que a adoção é um ato de amor e que pelo amor o parentesco se desenvolve e se solidifica. Se é impossível preservar os filhos, eles precisam ser orientados. Não se pode calar diante de estereótipos sobre a adoção e silenciar diante dos filhos. São eles, e não os pais o principal alvo das distorções a todo instante nos diversos acontecimentos, por vezes até naturais da vida. Uma coisa é certa, estes exemplos não servem para educar, ao contrário, reforçam um preconceito que há muito vem sendo combatido e que hoje já se percebe menos explicitado.
Aos pais e mães por adoção, não se intimidem diante de exemplos negativos, é preciso estar atento e saber dizer aos filhos que a ficção é produto de uma imaginação, nem sempre criativa e que uma realidade não determina a outra;  tais exemplos não servem para direcionar em uma família que tem no amor o principal argumento."

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